Dando continuidade ao projeto "Cenecista e eu: uma hisória de amor" que visa resgatar memórias de nossa instituição, estamos sendo agraciados nessa postagem pela historia do saudoso ex-aluno cenecista, o Sr. Frederico Siqueira.
A história a seguir está sendo transcrita do blog do "Zé Fred" e coincide com o início do funcionamento de nosso colégio.
Acesse o blog do "zefred": http://blogdozfred.blogspot.com/
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O FIM E O COMEÇO
Frederico Siqueira
Estudei no Ginásio Nossa Senhora das Graças de 1953 a 1957. Na época, o ginasial durava quatro anos. Corresponderia, hoje, a 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental. Para iniciar a 1ª série ginasial o aluno tinha que ser aprovado no exame de admissão. Um exame que testavaos conhecimentos adquiridos nas quatro séries do Primário.Para muitas famílias, Jardim da Infância-Primário-Exame de Admissão-Ginasial era formação mais do que suficiente para ganhar a vida. Ir além era coisa para "ricos". As famílias eram grandes e tinha-se de começar a trabalhar o mais cedo possível. Tanto pra dar uma ajuda em casa como começar a pensar em ter a sua própria família.Quando em 1952 surgiu em Miracema o GNSG, abriu-se oportunidade não só para jovens que já trabalhavam como também para os mais pobres. Era a Campanha Nacional dos Educandários Gratuitos (CNEG), espetacular ideia e realização de Felipe Tiago Gomes.O primeiro Exame de Admissão ocorreu em 1953. Sem instalações próprias, o GNSG o realizou em Itaocara. Alugou-se um ônibus, provavelmente, ao Osmar Rezende e os candidatos,eu no meio, viajaram até lá. Dá orgulho pertencer à turma que fez o 1º Exame de Admissão do Ginásio Nossa Senhora das Graças. O curso começou a funcionar no Ferreira da Luz. A sala era a última do lado direito do Grupo. As aulas começavam às sete horas da noite, prolongando-se até as dez.
Usávamos como uniforme, uma camisa de tricoline de cor cáqui, um calça comprida de brim também cáqui e gravata azul.As calças compridas foram as primeiras que usei. Rodava Miracema, durante o dia, de calças curtas e pés no chão. Detestava, de início, aquele negócio de calças compridas e sapatos obrigatórios.Cursei os quatro anos lá no Ferreira da Luz. Tomei bomba no 3º ano que diziam ser o mais difícil. Seria formando em 1956 na primeira turma.Fiquei para 1957, na segunda. Nesta turma estavam o Antônio Roberto (Teteca), o César (Inha), o João Batista (Chapadão), o Rogério Granato, a Elza Helena, a Lucinha, a Neide, a Irene, o César do Grimaldi, o Milton do Valdomiro,o Adilson...Manoel Soutinho era o professor de História no 3º ano. Sentado, lia o livro de História Geral do Joaquim da Silva. Sempre gostei de História. Tenho até hoje o tal livrinho.Jacob, engenheiro e chefe do DER de Miracema era o professor de Matemática do 3º ano. Bravíssimo e enrolado transformava a Matemática, a qual sempre aprendera com certa facilidade, num verdadeiro desafio e numa confusão danada (jus esperniandis de quem levou pau). Quando o Télio Mercante (Ferrugem) o substituiu no 4º ano a Matemática voltou a ser entendível. Aprendi com o Télio o teorema de Pitágoras e a equação do 2º grau.
No 3º ano estudavamos Ciências Naturais. O professor era o Carlos Lontra. Semprebem vestido, irradiava a impressão de um nobre. Parecia pertencer a outra realidade bem distante do mundo daqueles jovens. O vi, anos depois, num bonde, lá no Rio de Janeiro, terno branco impecável. Não faço a menor ideia porque tal imagem permanece nítida em minha memória. Mas o pau também cantou em Ciências.
Álvaro Lontra era o professor de Geografia. Seu Álvaro era calmo, tinha voz pausada, professor boa praça.
D. Orminda professora de Desenho. Era linda, baixinha e de... panturilhas perfeitas!
D. Oraide professora de Francês. Possuía um ar refinadíssimo, uma distinção que o ensino da língua francesa reforçava. Junto com o Dr.Hermes Simões foi decisiva na consolidação do GNSG.
Lucíola Moreira era professora, no 1º ano, de Latim ou Português. Inesquecível. Me chamou ao quadro negro e me deu uma gozada por ter escrito "passaram" quando deveria escrever "passarão".
Jáder Barros, professor de Português no 2º ano. Morava próximo da nossa casa na rua doCafé. Vez ou outra pegava carona com ele. Eu não gostava de Português, muita decoreba. Santa ignorância! O Jáder era advogado, foi promotor no Acre. Não me lembro do professor de Português no 3º ano. Mas o Português foi o 3º elemento. Com três no passivo, só repetindo o ano para pagar a conta.
Em 1959 fiz o vestibular para o curso Técnico em Laticínios da Escola Cândido Tostes em Juiz de Fora. Fui aprovado em 2º lugar.
No 3º ano estudavamos Ciências Naturais. O professor era o Carlos Lontra. Semprebem vestido, irradiava a impressão de um nobre. Parecia pertencer a outra realidade bem distante do mundo daqueles jovens. O vi, anos depois, num bonde, lá no Rio de Janeiro, terno branco impecável. Não faço a menor ideia porque tal imagem permanece nítida em minha memória. Mas o pau também cantou em Ciências.
Álvaro Lontra era o professor de Geografia. Seu Álvaro era calmo, tinha voz pausada, professor boa praça.
D. Orminda professora de Desenho. Era linda, baixinha e de... panturilhas perfeitas!
D. Oraide professora de Francês. Possuía um ar refinadíssimo, uma distinção que o ensino da língua francesa reforçava. Junto com o Dr.Hermes Simões foi decisiva na consolidação do GNSG.
Lucíola Moreira era professora, no 1º ano, de Latim ou Português. Inesquecível. Me chamou ao quadro negro e me deu uma gozada por ter escrito "passaram" quando deveria escrever "passarão".
Jáder Barros, professor de Português no 2º ano. Morava próximo da nossa casa na rua doCafé. Vez ou outra pegava carona com ele. Eu não gostava de Português, muita decoreba. Santa ignorância! O Jáder era advogado, foi promotor no Acre. Não me lembro do professor de Português no 3º ano. Mas o Português foi o 3º elemento. Com três no passivo, só repetindo o ano para pagar a conta.
Em 1959 fiz o vestibular para o curso Técnico em Laticínios da Escola Cândido Tostes em Juiz de Fora. Fui aprovado em 2º lugar.
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Foto do Sr. Frederico e algumas informações retiradas do blog:
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