Por Wagner Duarte
Este artigo é leitura obrigatória para aqueles que possuem em seu DNA profissional a obsessão pela mudança, a busca contínua por diferenciais e a necessidade de encarar desafios que gerem resultados sólidos e peremptórios para suas empresas, pois através de um conceito simples propicia uma reflexão interessante sob a ótica da SUSTENTABILIDADE GERENCIAL.
O executivo que busca se destacar no meio empresarial, obtendo visibilidade, precisa apresentar diferenciais em sua gestão e estar obrigatoriamente em constante processo de mudança e desenvolvimento. Contudo, mudança sem sustentabilidade é como chuva de verão: intensa, mas passageira! Percebo, em minha vivência profissional, muitas iniciativas interessantes, idéias extraordinárias, executivos brilhantes e cheios de energia para promover a mudança, porém sem se preocuparem com os elementos que garantirão o equilíbrio e a perpetuidade de um determinado projeto, o que acaba transformando todas estas forças em grandes fraquezas.
Estamos na era da sustentabilidade: ouvimos e lemos frequentemente sobre sustentabilidade ambiental, ecológica ou até mesmo social, mas dificilmente falamos sobre a sustentabilidade específica do processo de gestão, isto é, aquela que gera a eficiência no “eco-sistema” gerencial.
Assim como os rios poluídos e fluentes destruídos, muitas empresas estão morrendo contaminadas pela falta de estratégia com seus produtos e serviços; assim como as florestas desmatadas e queimadas, os sistemas integrados e os processos existentes não correspondem às necessidades organizacionais; no lugar de espécies ameaçadas de extinção, perdemos talentos que estão desmotivados em busca de mais valorização profissional. Dentro desta linha, é importante destacar que cada problema ou desequilíbrio apresentado, seja na biodiversidade ecológica, seja na adversidade corporativa, possui uma relação de interdependência sustentável, isto é, um problema desencadeará o outro podendo se tornar irrecuperável, se não enxergarmos e agirmos em tempo para alterar o estado de ciclo vicioso de fracasso para um ciclo virtuoso de superação.
Vamos compreender esta idéia de sustentabilidade no mundo corporativo, utilizando-nos do conceito dos TRÊS P´s (pilares) da sustentabilidade gerencial: produto, processo e pessoa.
Definiremos como produto toda e qualquer obra tangível ou intangível (serviço) produzida para venda ou comercialização, com o objetivo de gerar resultados para uma organização. Imagine uma empresa com um excelente produto ou serviço: uma obra inovadora e diferenciada no mercado, com uma excelente aceitabilidade e uma crescente demanda. Contudo, esta empresa não possui ferramentas suficientes para planejar as suas ações estratégicas, seus processos internos são precários, o acompanhamento e controle dos resultados não existem, os sistemas gerenciais são ineficientes; as pessoas que ali trabalham estão fora de um perfil desejável para trazer sinergia e pró-atividade, não são capacitadas e não possuem formação adequada para atuarem nas posições que lhe foram designadas. Resultado: o produto por si só não se manterá por muito tempo, pois inexistem ali os outros pilares de sustentabilidade gerencial: pessoas e processos.
Quando citamos o processo, queremos representar todas as rotinas, atribuições, tarefas, sistemas, diretrizes, tecnologias e processamentos indispensáveis para a produção, funcionamento e resultado de acordo com os objetivos e metas definidos pela alta gerência da empresa. Digamos que, porventura, esta mesma empresa tenha contratado uma consultoria que diagnosticou o problema do processo, propondo a padronização e “rotinização” de todas as atividades e atribuições, otimizando e informatizando as atividades manuais, através da implantação de um extraordinário sistema de gestão integrado, com uma base de dados única, com emissão de relatórios gerenciais eficientes e fidedignos, bem como, uma fantástica customização ao novo modelo de gestão, implantando também ferramentas e equipamentos altamente tecnológicos para a eficiência do processo administrativo e operacionalização dos produtos e serviços da empresa. Resultado: mesmo diante do enorme investimento supramencionado (consultoria, equipamentos, tecnologia e informação), ainda assim, o sucesso da gestão continuará ameaçado, devido à falta de um pilar indispensável para o alcance da sustentabilidade gerencial: as pessoas.
Gostaria de destacar que este exemplo, por incrível que possa parecer, é algo muito presente e comum nas organizações. Mesmo quando o sistema é extremamente eficiente, muitos justificam o fracasso de suas atividades devido a implantação do novo sistema de gestão. Surgem, então, comentários do tipo: “antes deste sistema, as coisas aqui funcionavam melhor!” ou “quando o controle era manual, não tínhamos este tipo de problema..” etc. Conclusão: O tripé nunca se sustentará com apenas dois pilares. As bases se tornam inúteis quando são aplicadas fora do seu contexto sistêmico (tripé: três pilares ou bases).
Para finalizar, definiremos como pessoas todos os colaboradores diretos e indiretos que se envolvem interna ou externamente nos diferentes níveis para o funcionamento e desenvolvimento da organização. Este é o elemento chave que, conjugado com os outros pilares, propiciará a sustentabilidade do projeto. As pessoas são a alma da empresa e carregam em si conhecimento, habilidades e atitudes que proporcionam decisões. Toda decisão deve ser fruto das suas habilidades aplicadas às necessidades da empresa. Quando este aspecto está em equilíbrio, isto é, quando a empresa supre a sua necessidade com profissionais preparados, através de treinamento, desenvolvimento, valorização, bem como, um processo seletivo transparente, com uma política de carreira clara e com alocação correta dos talentos nas devidas posições para o enfrentamento dos desafios, isto aumenta o nível de expectativa do colaborador, motivando-o em busca do resultado. Na falta destes aspectos o indivíduo se desmotiva, deixando de realizar seus objetivos e consequentemente os objetivos da empresa. Quando não focamos nesta questão, estamos sujeitos ao fracasso e, mesmo diante de todos os esforços para o desenvolvimento organizacional, dificilmente obteremos êxito quando os colaboradores envolvidos não estão alinhados, defendendo e conscientes de tais objetivos.
Para que nossas decisões tenham sustentabilidade, precisamos avaliar se os três P´s estão equilibrados. A harmonia destes aspectos, atrelada ao foco sistêmico dos três elementos que constituem este tripé, sem dúvida irão trazer para os gestores uma maior consistência em seu processo decisório e nas ações de inovação, propiciando uma espécie de equilíbrio que sustentará e fortalecerá as mudanças para empresa enfrentar os desafios internos e externos em buscar dos seus resultados.
Sempre que considerarmos estas observâncias em nosso processo de gestão, maximizaremos de forma extraordinária a possibilidade de solidificar e perpetuar o sucesso de um determinado projeto.
E você, está gerenciando de forma sustentável? Como estão os seus P´s? Pense nisso…
___________________________________________________________O executivo que busca se destacar no meio empresarial, obtendo visibilidade, precisa apresentar diferenciais em sua gestão e estar obrigatoriamente em constante processo de mudança e desenvolvimento. Contudo, mudança sem sustentabilidade é como chuva de verão: intensa, mas passageira! Percebo, em minha vivência profissional, muitas iniciativas interessantes, idéias extraordinárias, executivos brilhantes e cheios de energia para promover a mudança, porém sem se preocuparem com os elementos que garantirão o equilíbrio e a perpetuidade de um determinado projeto, o que acaba transformando todas estas forças em grandes fraquezas.
Estamos na era da sustentabilidade: ouvimos e lemos frequentemente sobre sustentabilidade ambiental, ecológica ou até mesmo social, mas dificilmente falamos sobre a sustentabilidade específica do processo de gestão, isto é, aquela que gera a eficiência no “eco-sistema” gerencial.
Assim como os rios poluídos e fluentes destruídos, muitas empresas estão morrendo contaminadas pela falta de estratégia com seus produtos e serviços; assim como as florestas desmatadas e queimadas, os sistemas integrados e os processos existentes não correspondem às necessidades organizacionais; no lugar de espécies ameaçadas de extinção, perdemos talentos que estão desmotivados em busca de mais valorização profissional. Dentro desta linha, é importante destacar que cada problema ou desequilíbrio apresentado, seja na biodiversidade ecológica, seja na adversidade corporativa, possui uma relação de interdependência sustentável, isto é, um problema desencadeará o outro podendo se tornar irrecuperável, se não enxergarmos e agirmos em tempo para alterar o estado de ciclo vicioso de fracasso para um ciclo virtuoso de superação.
Vamos compreender esta idéia de sustentabilidade no mundo corporativo, utilizando-nos do conceito dos TRÊS P´s (pilares) da sustentabilidade gerencial: produto, processo e pessoa.
Definiremos como produto toda e qualquer obra tangível ou intangível (serviço) produzida para venda ou comercialização, com o objetivo de gerar resultados para uma organização. Imagine uma empresa com um excelente produto ou serviço: uma obra inovadora e diferenciada no mercado, com uma excelente aceitabilidade e uma crescente demanda. Contudo, esta empresa não possui ferramentas suficientes para planejar as suas ações estratégicas, seus processos internos são precários, o acompanhamento e controle dos resultados não existem, os sistemas gerenciais são ineficientes; as pessoas que ali trabalham estão fora de um perfil desejável para trazer sinergia e pró-atividade, não são capacitadas e não possuem formação adequada para atuarem nas posições que lhe foram designadas. Resultado: o produto por si só não se manterá por muito tempo, pois inexistem ali os outros pilares de sustentabilidade gerencial: pessoas e processos.
Quando citamos o processo, queremos representar todas as rotinas, atribuições, tarefas, sistemas, diretrizes, tecnologias e processamentos indispensáveis para a produção, funcionamento e resultado de acordo com os objetivos e metas definidos pela alta gerência da empresa. Digamos que, porventura, esta mesma empresa tenha contratado uma consultoria que diagnosticou o problema do processo, propondo a padronização e “rotinização” de todas as atividades e atribuições, otimizando e informatizando as atividades manuais, através da implantação de um extraordinário sistema de gestão integrado, com uma base de dados única, com emissão de relatórios gerenciais eficientes e fidedignos, bem como, uma fantástica customização ao novo modelo de gestão, implantando também ferramentas e equipamentos altamente tecnológicos para a eficiência do processo administrativo e operacionalização dos produtos e serviços da empresa. Resultado: mesmo diante do enorme investimento supramencionado (consultoria, equipamentos, tecnologia e informação), ainda assim, o sucesso da gestão continuará ameaçado, devido à falta de um pilar indispensável para o alcance da sustentabilidade gerencial: as pessoas.
Gostaria de destacar que este exemplo, por incrível que possa parecer, é algo muito presente e comum nas organizações. Mesmo quando o sistema é extremamente eficiente, muitos justificam o fracasso de suas atividades devido a implantação do novo sistema de gestão. Surgem, então, comentários do tipo: “antes deste sistema, as coisas aqui funcionavam melhor!” ou “quando o controle era manual, não tínhamos este tipo de problema..” etc. Conclusão: O tripé nunca se sustentará com apenas dois pilares. As bases se tornam inúteis quando são aplicadas fora do seu contexto sistêmico (tripé: três pilares ou bases).
Para finalizar, definiremos como pessoas todos os colaboradores diretos e indiretos que se envolvem interna ou externamente nos diferentes níveis para o funcionamento e desenvolvimento da organização. Este é o elemento chave que, conjugado com os outros pilares, propiciará a sustentabilidade do projeto. As pessoas são a alma da empresa e carregam em si conhecimento, habilidades e atitudes que proporcionam decisões. Toda decisão deve ser fruto das suas habilidades aplicadas às necessidades da empresa. Quando este aspecto está em equilíbrio, isto é, quando a empresa supre a sua necessidade com profissionais preparados, através de treinamento, desenvolvimento, valorização, bem como, um processo seletivo transparente, com uma política de carreira clara e com alocação correta dos talentos nas devidas posições para o enfrentamento dos desafios, isto aumenta o nível de expectativa do colaborador, motivando-o em busca do resultado. Na falta destes aspectos o indivíduo se desmotiva, deixando de realizar seus objetivos e consequentemente os objetivos da empresa. Quando não focamos nesta questão, estamos sujeitos ao fracasso e, mesmo diante de todos os esforços para o desenvolvimento organizacional, dificilmente obteremos êxito quando os colaboradores envolvidos não estão alinhados, defendendo e conscientes de tais objetivos.
Para que nossas decisões tenham sustentabilidade, precisamos avaliar se os três P´s estão equilibrados. A harmonia destes aspectos, atrelada ao foco sistêmico dos três elementos que constituem este tripé, sem dúvida irão trazer para os gestores uma maior consistência em seu processo decisório e nas ações de inovação, propiciando uma espécie de equilíbrio que sustentará e fortalecerá as mudanças para empresa enfrentar os desafios internos e externos em buscar dos seus resultados.
Sempre que considerarmos estas observâncias em nosso processo de gestão, maximizaremos de forma extraordinária a possibilidade de solidificar e perpetuar o sucesso de um determinado projeto.
E você, está gerenciando de forma sustentável? Como estão os seus P´s? Pense nisso…
WAGNER DUARTE é Superintendente Regional (RJ/SP/ES) da maior rede educacional comunitária do Pais – atuando em posição executiva com foco em gestão, planejamento, recursos humanos, finanças e educação / Gestor Educacional, Consultor Empresarial, Coaching, Instrutor e Professor Universitário / Pós Graduado com MBA Executivo pelo COPPEAD-UFRJ / Personal e Professional Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching - SP / Certificado Alpha Coach e Analyst Alpha (Assessment) pela Worth Ethic Corporation - SBC / Graduado em Administração de Empresas / especialização em Finanças pela FGV.
Tenho acompanhado o trabalho da CNEC por muitos anos e tenho visto as mudanças que estão sendo operacionalizadas para, de fato, se tornar uma grande rede. A unidade cenecista de Miracema tem buscado as mudanças apontadas pelo superintendente e tem apresentado resultados inovadores. Isso é excelente para todos nós que somos pais/responsáveis que sempre buscamos o melhor para nossos filhos.
ResponderExcluirTenho acompanhado o trabalho do Colégio Cenecista Castelo Branco em Itatiaia e parabenizo ao o corpo docente desta renomada instituição .
ResponderExcluirMas tenho sinto tristeza ao ver nosso professor, professor dos meus filhos tão Mal pago. desestimulado pois ganhar em torno de R$800,00 ( oitocentos reais é muito pouco. Não Acha Senhor Superintendente.