Dr. Hermes Simões Ferreira nasceu em São Geraldo, pequenina cidade mineira, situada entre Ubá e Viçosa, no ano de 1906. Era filho de Constantino Simões Ferreira e Zaida Antunes Ferreira.
Ainda muito jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou Direito, na Universidade Federal. Dizia ele não ser a carreira com a qual sonhava, mas era um grande desejo de seu pai, a quem ele não poderia deixar de satisfazer. Seu primeiro emprego, já no Rio de Janeiro, foi no Citybank e, por exigência deste trabalho, aprimorou seus conhecimentos em inglês, francês e espanhol, línguas que dominava com perfeição. Terminado o curso de Direito, fez um concurso para Promotor Público em Minas Gerais e optou por uma vaga existente na cidade de Palma, porque ali residia sua irmã Emília. Nesta época já havia escrito um grande número de poesias, inclusive algumas em francês, muitas das quais publicadas pelo Almanaque Bertrand, em Portugal.
Em 1937, já residindo em Palma, foi procurado pelo diretor do Colégio Miracemense, para que aqui viesse lecionar Inglês e Francês. Passou a vir em Miracema então duas vezes por semana.
À medida que seus conhecimentos foram sendo descobertos, sucederam-se novos convites: aulas de Português, Geografia, Desenho e outras disciplinas. Deixou a promotoria, optou pelo magistério e veio residir definitivamente aqui.
Esta era sua verdadeira vocação. Numa ocasião em que houve uma exigência de que se magistrasse aulas de Grego numa das séries do Curso Colegial, o diretor entregou-lhe a tarefa e ele a executou. Conhecedor profundo da Língua Portuguesa, resolvia as mais difíceis questões a ela referentes e, quando interrogado sobre algum caso cuja solução não era encontrada em nenhuma Gramática, a resposta era dada imediatamente.
Casou-se com Almerita Martins Ferreira, sua namorada de infância, que muito cedo faleceu. Em 1952 viu o seu sonho de dar oportunidade de estudo a alunos que não pudessem freqüentar escolas particulares: estava fundado o Colégio Nossa Senhora das Graças, do qual foi diretor até aposentar-se. Anos mais tarde, já aposentado, participou da fundação do Colégio Estadual Deodato Linhares. Foi Juiz de Direito da Comarca de Miracema de 1960 a 1964.
Poeta, advogado, promotor, juiz, professor e, como ele mesmo gostava de dizer: “em julho, dezembro, janeiro e fevereiro, pescador”. Amigo, pai dedicado, alegre e, por que não dizer, brincalhão? Sempre dotado de um sadio humor e até, as vezes, de uma “pitada” de ironia, como a construir uma receita do “bem-viver”. Era, sobretudo, um filósofo. Homem simples, não foi sem razão que disse em seu soneto: “Passarei como um simples pela vida/ E sem brasões, sem títulos, sem nada./ Passarei como passam, de vencida,/ Os humildes e os tristes, pela estrada.”
Faleceu em 2 de julho de 1985 e deixou duas filhas: a professora Maria Salette Ferreira Ribeiro, de quem hoje lembramos com saudade, e a professora Maria da Graça Ferreira Tostes.
Ainda muito jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou Direito, na Universidade Federal. Dizia ele não ser a carreira com a qual sonhava, mas era um grande desejo de seu pai, a quem ele não poderia deixar de satisfazer. Seu primeiro emprego, já no Rio de Janeiro, foi no Citybank e, por exigência deste trabalho, aprimorou seus conhecimentos em inglês, francês e espanhol, línguas que dominava com perfeição. Terminado o curso de Direito, fez um concurso para Promotor Público em Minas Gerais e optou por uma vaga existente na cidade de Palma, porque ali residia sua irmã Emília. Nesta época já havia escrito um grande número de poesias, inclusive algumas em francês, muitas das quais publicadas pelo Almanaque Bertrand, em Portugal.
Em 1937, já residindo em Palma, foi procurado pelo diretor do Colégio Miracemense, para que aqui viesse lecionar Inglês e Francês. Passou a vir em Miracema então duas vezes por semana.
À medida que seus conhecimentos foram sendo descobertos, sucederam-se novos convites: aulas de Português, Geografia, Desenho e outras disciplinas. Deixou a promotoria, optou pelo magistério e veio residir definitivamente aqui.
Esta era sua verdadeira vocação. Numa ocasião em que houve uma exigência de que se magistrasse aulas de Grego numa das séries do Curso Colegial, o diretor entregou-lhe a tarefa e ele a executou. Conhecedor profundo da Língua Portuguesa, resolvia as mais difíceis questões a ela referentes e, quando interrogado sobre algum caso cuja solução não era encontrada em nenhuma Gramática, a resposta era dada imediatamente.
Casou-se com Almerita Martins Ferreira, sua namorada de infância, que muito cedo faleceu. Em 1952 viu o seu sonho de dar oportunidade de estudo a alunos que não pudessem freqüentar escolas particulares: estava fundado o Colégio Nossa Senhora das Graças, do qual foi diretor até aposentar-se. Anos mais tarde, já aposentado, participou da fundação do Colégio Estadual Deodato Linhares. Foi Juiz de Direito da Comarca de Miracema de 1960 a 1964.
Poeta, advogado, promotor, juiz, professor e, como ele mesmo gostava de dizer: “em julho, dezembro, janeiro e fevereiro, pescador”. Amigo, pai dedicado, alegre e, por que não dizer, brincalhão? Sempre dotado de um sadio humor e até, as vezes, de uma “pitada” de ironia, como a construir uma receita do “bem-viver”. Era, sobretudo, um filósofo. Homem simples, não foi sem razão que disse em seu soneto: “Passarei como um simples pela vida/ E sem brasões, sem títulos, sem nada./ Passarei como passam, de vencida,/ Os humildes e os tristes, pela estrada.”
Faleceu em 2 de julho de 1985 e deixou duas filhas: a professora Maria Salette Ferreira Ribeiro, de quem hoje lembramos com saudade, e a professora Maria da Graça Ferreira Tostes.
(Artigo retirado do Jornal Página Um - novembro/1999)
Tenho saudade do meu tempo de Cenecista: 85, 86, 87! Minha turma era de ouro!!! Eu, Lilian, Carla, Marco Antonio, Fernando Jr, Pool, Ralph, Ana Paula, Flávia Leal, Fernanda Faver, Joseane, Vanessa...meu Deus, estou sendo injusto não digitando o nome de outros...
ResponderExcluirTive grandes mestres neste colégio: D Vera Mota, Renato Mercante, Zé Maria e muitos outros, muito mesmo! E é com orgulho que tenho meu saudoso avô Hermes o primeiro diretor do Cenec, alás, ele foi o primeiro diretor e só deixou de ser quando se aposentou. Que vida! Que exemplo de mestre e que expemplo de trabalho e trabalhador!
Ricardo Tostes
Nossa, achei por acaso esse blog e fiquei muito feliz e emocionada com o carinho que todos têm pelo meu avô Hermes, que, como bem disse meu primo Ricardo, nos deixou grandes exemplos. Sem duvida a melhor herança!
ResponderExcluirNão tive a oportunidade de conhece-lo, pois faleceu um ano antes de eu nascer, mas nos deixou essa sua humildade e brilhantismo!
Obrigada pelo carinho do Colegio Cenecista, que guardo grandes momentos que ali vivi com meus amigos e infancia!
Clarice Mª Ferreira Ribeiro